30 dezembro 2016

ANA MAE INFORMA: ARTE/EDUCAÇÃO NA REVISTA SELECT

FELIZ 2017 para todos e todas!

Estou divulgando como posso o número 33 de Dezembro 2016 da Revista de Arte Select dedicado a Arte e Educação pois ainda não ganhamos a guerra contra "os homens do poder" que querem retirar Artes do Currículo do Ensino Médio.
Capa da revista Select 33
reprodução

O relator da medida provisória no  Conselho Nacional da Educação recomendou a inclusão das Artes mas o relatório precisa ser aprovado pelo Conselho onde a maioria é contra pois são donos de escolas.

Vão correndo para a banca de jornais mais próxima e comprem o número 33 da Revista SELECTE de Dezembro 2016. É uma defesa da Arte na Educação. 

O artigo sobre o Camnitzer está excelente. Concordo com ele, não quero ensinar arte nas escolas quero mais, quero conquistar para a Arte, contaminar e dar a chance de que as novas gerações tenham intimidade com a Arte, deixem a Arte envolve-las, a tenham como companhia provocando a “artificação” do conhecimento.

Arte é um modo de pensar mais aprofundado e mais presentacional que Camnitzer afirma ter “função de metodologia do conhecimento”. Este número da Select, uma revista de Arte Contemporânea, Critica de Arte e Curadoria,   pela publicação de inúmeros  textos/declarações de artistas e curadores a favor da Arte na Educação comprova a chegada da Virada Educacional dos Artistas ao Brasil.

Antes o único sintoma era a camiseta Educação da Galeria Gentil Carioca que nunca pude visitar porque tem uma escada enorme que não posso subir.

Acho que devíamos acabar com a disciplinarização em geral, mas enquanto o sistema de educação for disciplinarizado a Arte tem que ser considerada disciplina por lei ou não existirá na escola. Cabe a nós professores provocarmos a indisciplina dentro da disciplina.

Destaco o texto de Ana Paula Cohen que questionando o processo de formação de forma brilhante nos obriga a procurar um outro termo para o processo de mutua  aprendizagem.

Comprem, leiam, guardem pois este número é histórico. Vamos usá-lo em defesa da obrigatoriedade das Artes nas escolas.


Ana Mae Barbosa

07 novembro 2016

ANA MAE INFORMA: LA NANA - FÁBRICA DE CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

Enquanto no Brasil estamos lutando contra a extinção das Artes no currículo e a possibilidade de fechamento das Fábricas de Cultura de São Paulo, no México visitei um projeto de formação de professores de Arte e de Arte para o povo, surpreendente pela excelência.

Trata-se do La Nana- Fábrica de Criação e Inovação criado em 2009 por Lucina Jimenez que desistiu de uma posição de poder como diretora da Universidade das Artes para criar uma ONG, a ConArte e assim dar início ao seu sonho de fazer crianças e comunidades se apaixonarem pelas Artes. Fui recebida no La Nana por Marcela Correa-coordenadora acadêmica e Mari Cruz Jimenez- coordenadora de Difusão. Na entrada do lindo edifício dos inícios do século XX que abrigava a primeira subestação de energia para os bondes havia uma faixa dizendo ”Bem-vinda Ana Mae”.

Faixa de recepção para Ana Mae Barbosa
Acervo: Ana Mae Barbosa

Francisco - motorista, Marcela Correa - coordenadora acadêmica, Ana Mae, García - coordenadora técnica do programa e Mari Cruz Jimenez - coordenadora de difusão.
Acervo: Ana Mae Barbosa

Lucina estava na Colômbia. Conheci-a uns seis anos atrás através da OEI. Estou convencida de que há poucas pessoas que reúnem tão bem solidez teórica, consciência social e energia para a ação. No momento da minha visita um conjunto musical de jovens adultos estava ensaiando durante a semana eles tem aulas individuais de instrumentos.

O La Nana atende ao bairro e tem projetos de Arte em onze escolas públicas em convenio com a Secretaria de Educação. Atendem mais ou menos 2.000 crianças nas escolas e 1000 pessoas individualmente por ano.  Já formou 24.000 diretores de coros no país.

Entrada do La Nana
Acervo: Ana Mae Barbosa

Para os professores são dados cursos gratuitos no verão de canto, estratégias artísticas e atualização.

Também dão cursos de formação de professores em cidades do interior.

Para os artistas que querem ensinar há cursos de dança, música, foto, vídeo. Classes de salsa e dança de salão são dadas à tarde na terça-feira para a comunidade do entorno que é muito pobre. Também há cursos pagos como o de hip-hop em torno de 20 dólares por mês. Para os vizinhos se faz 50% de desconto.

Há uma sala intercultural com textos e livros de leitura em várias línguas. Fazem leituras de poemas num mercado próximo e de textos escolhidos pelos próprios trabalhadores do mercado.
   
Conseguem ótima comunicação com os meios. Há três programas de TV que cobrem o que fazem.  É o jornalismo colaborativo que desapareceu no Brasil. Ao me despedir perguntei aquelas mulheres guerreiras que objetivos o La Nana já atingiu.  García, coordenadora técnica do programa respondeu: criar uma nova geração valorizada pelos pais e pela sociedade.

Marcela Correa - coordenadora acadêmica e Mari Cruz Jimenez - coordenadora de difusão
Acervo: Ana Mae Barbosa

Mari Cruz falou de “Convivência contra a violência” e Marcela afirmou com segurança:

“Estamos criando oportunidade para todos de criar, expressar-se e conviver. ” Eu concordo com ela e quero ressaltar que fazem tudo isto com apenas 11 membros estáveis trabalhando juntos no La Nana.

 
Painéis de recados na entrada do La Nana para uso público
Acervo: Ana Mae Barbosa

Termino com uma frase de Lucina muito apropriada para a leitura de nossos deputados e senadores:
"Ninguna estrategia de desarrollo económico, urbano, educativo, social, medio ambiental, tecnológico o comunicacional puede seguir ignorando la importancia de la dimensión cultural ni los derechos culturales de la ciudadanía". Lucina Jiménez, directora General de ConArte
  
Visitem La Nana aqui.

Ana Mae Barbosa

31 outubro 2016

DOUTOR ESTRANHO

Não sou grande entusiasta dos filmes produzidos pelas companhias americanas de comics porque são excessivamente repetitivos no roteiro, nos efeitos especiais e sonoros.

O trailer de "Doutor Estranho" indica que algo diferente pode acontecer. Dá play e perceba a pegada psicodélica tributiva aos anos 60.


Vamos conferir?
José Minerini

23 outubro 2016

EDUCADOR EM MUSEUS: PANORAMA HISTÓRICO E CONTEXTO ATUAL

Divulgação

Palestras: 
“Na 'floresta de símbolos': o museu como lugar da conhecibilidade
sensível inteligível” com Rita Bredariolli.

“Mediação Cultural como proposta educativa: conceituação, história e
contaminações” com Valéria Alencar.
Inscrições: centro@museulp.org.br

19 setembro 2016

ANA AMÁLIA ABRIRÁ EXPOSIÇÃO EM CURITIBA

Põe na agenda: 28 de setembro de 2016.

Abertura da exposição "MOBILIDADEIMÓVEL", de Ana Amália.

IMAP Cultural, Avenida João Gualberto, 623, 10º andar, Curitiba.

Divulgação

18 setembro 2016

CURSOS NO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA

Em tempos que a ditadura pode estar batendo à porta novamente, corre lá:

PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO
NO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO
- Dia 24 de setembro, sábado, das 09h30 às 13h30
Encontro com Educadores e Profissionais de Turismo: Possibilidades turísticas dos Lugares de MemóriaNo âmbito da 10ª Primavera dos Museus do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), que discute “Museus, memórias e economia da Cultura”, o Memorial refletirá suas atividades e programas a partir da ideia de desenvolvimento sustentável, cujas relações são fundamentadas pelas trocas culturais e permeadas pelas relações econômicas. A abordagem enfatizará as possibilidades do turismo cultural através da apresentação do Programa Lugares de Memória e o seu uso em oficina que possibilitará o desenvolvimento de roteiros turísticos para um museu de percurso. Ministrantes: equipes da Ação Educativa e da Pesquisa do Memorial da Resistência. Inscrições: 19 a 23 de setembro de 2016 (vagas limitadas – condicionadas ao término das vagas) com Paulo ou Valdir pelos telefones 3324-0943/0944 das 10 às 17h30. Certificação emitida em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Atividade Gratuita.
Para mais informações:
http://memorialdaresistenciasp.org.br/memorial/default.aspx?c=359&mn=&s=5
- Dia 24 de setembro sábado, das 15h00 às 17h00
Memorial da Resistência exibe curtas-metragens “Tortura tem cor”, sobre o major Ustra, e “Eu vi”, sobre Che GuevaraProjeto realizado em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política, o próximo sábado resistente terá exibição dos curtas-metragens “Tortura tem cor” e “Eu vi”, produção do coletivo Reviralata. O primeiro foi dirigido por Pedro Biava e o segundo por ele e por Fábio Eitelberg. “Tortura tem cor” narra a participação do major Carlos Brilhante Ustra dentro do DOI-Codi de São Paulo, conhecido também como Operação Bandeirante. No local, o militar foi responsável pela tortura de diversos presos, além de ser mandante de muitas outras.  Já o curta documentário “Eu vi”, conta a história da repórter Helle Alves, do fotógrafo Antonio Moura e do cinegrafista Walter Gianello, todos dos Diários Associados, que chegaram na Bolívia em 1967 para cobrir o julgamento do jornalista Regis Debray – um jornalista francês que havia sido detido por integrar a guerrilha que circulava pelas selva Boliviana. No entanto, eles acabam por conseguir um furo de reportagem: a morte de Che Guevara. Atividade gratuita. Não é necessário se inscrever.
Para mais informações: http://memorialdaresistenciasp.org.br/memorial/default.aspx?c=358&mn=&s=38
Dia 24 de setembro de 2016, sábado, das 15h às 17h
Tarde de Memórias
A atividade é direcionada às famílias, crianças e jovens em visita ao Memorial da Resistência, e a mediação, realizada pelos nossos educadores, acontece por meio de atividades lúdicas, como jogo da memória, cruzadinha, quebra-cabeça, entre outros. Os jogos estimulam a reflexão sobre temas como democracia, liberdade, memória, resistência e outras temáticas trabalhadas pelo Memorial. A edição de setembro acontecerá na exposição de longa duração. Público alvo: famílias, crianças, jovens e interessados em geral. Atividade gratuita: participação livre, sem agendamento.

11 setembro 2016

MULHERES DO JEQUITINHONHA

Lindo documentário francês sobre a vida das mulheres que vivem sozinhas fazendo arte e artesanato em Campo Buriti, Alto Jequitinhonha/MG.

Frame da parte 2 do documentário Partir Autrement Jequi,
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=LVADxIkRwks, 6'44"

Assista a todos os episódios:





Bom, né!

José Minerini

05 setembro 2016

INHOTIM 10 ANOS

Vamos?

Homenagem a Tunga sem serpentes anestesiadas.



MÚSICA PARA FUGIR DA POLÍCIA EM MANIFESTAÇÃO

Se você estiver em alguma manifestação e a polícia chegar já tem uma tracklist pra chamar de sua.

Policia em ação nas imediações do Largo da Batata após encerramento de manifestação contra o governo Temer em 04/09/2016
(foto: Felipe Larozza/VICE - http://www.vice.com/pt_br/read/ato-fora-temer-av-paulista-04-09-2016) 

Põe o fone, aumenta o volume, dá play e corre para não perder um olho, ser sufocado ou acabar na delegacia injustamente. Tem para todos os gostos!















Valesca tinha razão: É tiro, porrada e bomba!

José Minerini Neto


P.S.: Esse post tem como inspiração uma publicação de Val Alencar no Facebook.

02 setembro 2016

FIM DE SEMANA AEOL: BORNS

Depois de uma semana política complicada, merecemos um pouco de diversão.

Conhece Borns?

http://www.djaybrawner.com/producervideos/

Aumenta o som e bom final de semana!


Se sobrevivermos às manifestações previstas contra e pró o Presidente Temer, nos vemos segunda-feira!

José Minerini

29 agosto 2016

ANITTA VS. TIAGO IORC: BANG!

Da pop arte de Anitta e Giovanni Bianco ao visual fluor neorave na MPB de Iorc.

http://brasileirissimos.com.br/2016/08/tiago-iorc-lanca-clipe-com-versao-de-bang-da-anitta/

Hid Saib é o responsável pela action painting com luz negra.



Bacanão, hein!

José Minerini

ANA MAE INFORMA: NUNCA ANTES NO MUNDO UM PRESIDENTE MENCIONOU ARTE/EDUCAÇÃO EM SEU DISCURSO DE POSSE, QUE EU SAIBA!

Isto aconteceu  no dia 28 de julho de 2016.

O novo Presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, também conhecido como PPK, em a seu discurso de posse ou “toma de mando” como dizem os peruanos, recomendou enfaticamente a necessidade da Arte na Educação. 

A disciplina de Arte que era dada em 45 minutos por semana, já passou a ter 3 horas por semana. O Presidente teve formação musical.

A Professora  Myriam Nemes Montiel, membro fundador do CLEA - Consejo Latinoamericano de Educaión por el Arte, brasileira que estudou Arte/Educação na Escolinha de Arte do Rio de Janeiro e foi professora da Escola de Belas Artes do Peru, onde vive há 50 anos, foi convidada para integrar o grupo que vai produzir o material pedagógico para o ensino das Artes.

28 agosto 2016

CARTA DE ARTISTAS E INTELECTUAIS CONTRA O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF

Informação publicada na Folha Uol.

Neste domingo (28), artistas e intelectuais brasileiros lançaram uma carta contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Pontuada por citação do ator Wagner Moura, a manifestação descreve "um dos momentos mais dramáticos" da história do Brasil e cita carta de artistas e intelectuais estrangeiros também contra o afastamento da petista, publicada na semana passada.

"Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações", afirma Moura. "Se eles derem continuidade ao seu plano", acrescenta o ator, "serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964".

Em português e em inglês, o texto é subscrito por nomes como os cantores Caetano Veloso e Chico Buarque, as atrizes Camila Pitanga, Dira Paes e Marieta Severo, a poeta Alice Rui e os professores Jurandir Freire Costa e Marco Luchesi.

Leia a carta na íntegra a seguir.

______________________

Artistas e Intelectuais brasileiros pedem que senadores respeitem o resultado das eleições de 2014.

O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história, com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O mundo assiste com preocupação a essa ameaça à democracia, como no caso de nossos colegas do Reino Unido, Estados Unidos, Canada e Índia, que publicaram uma declaração alertando que o impeachment representaria "um ataque as instituições democráticas", que levaria ao retrocesso econômico e social.

Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment.

De acordo com o Ministério Público Federal, a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas.

Esse ataque aos processos democráticos representa uma ameaça aos direitos humanos e levará o Brasil a uma situação de maior instabilidade política e desigualdade social e econômica.

O ator Wagner Moura afirmou: "Estamos profundamente agradecidos por essas importantes palavras de apoio de nossos colegas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canada e Índia.

Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964".

A manifestação de Wagner Moura contra o impedimento de Dilma recebeu adesões de:

1. Adair Rocha, professor
2. Aderbal Freire Filho, diretor teatral
3, Alice Ruiz, poeta
4. André Lázaro, professor
5.Augusto Sampaio, professor
6. Bete Mendes, atriz
7. Biel Rocha, militante de direitos humanos
8. Caetano Veloso, compositor e cantor
9. Camila Pitanga, atriz
10. Carla Marins, atriz
11. Cecília Boal, psicanalista
12. Cesar Kuzma, teólogo e professor
13. Célia Costa, historiadora e documentarista
14. Charles Fricks, ator
15. Chico Buarque, compositor e cantor
16. Clarisse Sette Troisgros, produtora
17. Cristina Pereira, atriz
18. Dira Paes, atriz
19. Dulce Pandolfi, cientista política
20. Eleny Guimarães-Teixeira, médica
21. Generosa de Oliveira Silva, socióloga
22. Gilberto Miranda, ator
23. Gaudêncio Frigotto - escritor e professor
24. Isaac Bernat, ator
25. José Sérgio Leite Lopes, antropólogo
26 Julia Barreto, produtora Julia Barreto
27. Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor
28. Leonardo Vieira, ator
29. Leticia Sabatella, cantora e compositora
30. Luis Carlos Barreto, cineasta e produtor
31. Luiz Fernando Lobo, diretor artístico
32. Marco Luchesi, poeta e professor
33. Maria Luisa Mendonça, professora e jornalista
34. Marieta Severo, atriz
35. Paulo Betti, ator
36. Ricardo Rezende Figueira, padre e professor
37. Roberto Amaral, escritor
38. Sílvia Buarque, atriz
39. Tuca Moraes, atriz e produtora
40. Virginia Dirami Berriel, jornalista
41. Xico Teixeira, jornalista 

22 agosto 2016

METALLICA LANÇA MÚSICA NOVA

Quequéissomeuirmão?


E essa luz? E essa câmera?



O novo álbum está previsto para 18 de novembro. Vamos aguardar!

V FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO PARA BEBÊS

Foco no intercâmbio de linguagens no Teatro para Bebês, contemplando música, dança e teatro.

Em São Bernando ja começou:
- 13 de agosto a 4 de setembro no CLAC – Centro Livre de Artes Cênicas

Em São Paulo, põe na agenda:
20 de agosto a 4 de setembro no Espaço Sobrevento 

As apresentações têm entrada franca e acontecem aos sábados e domingos, às 11h e 14h.

Saiba tudo aqui.

19 agosto 2016

AMY LEE PARA CRIANÇAS

A vocalista e pianista da banda Evanescence lançará um álbum para crianças.

Amy Lee
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amy_Lee

Ouça a primeira música, divulgada nessa semana:

MILTON BANANA TRIO

Dentre tantos feitos importantes, Milton Banana participou da gravação do LP símbolo da bossa nova "Chega de Saudade".

Bateria também é bossa! Nova.

https://orfaosdoloronix.wordpress.com/category/milton-banana/

Dá play:


José Minerini

18 agosto 2016

TRIUNFO, CINEBIOGRAFIA DO PAI DO HIP HOP NO BRASIL

E Triunfo? Conhece?

A cidade pernambucana? O livro de Aloísio Magalhães sobre bens culturais e patrimônio? Não?

Esse post não trata disso, mas sim de Nelson Triunfo.

https://catracalivre.com.br/sp/tag/sombra/

O documentário sobre este ícone da dança de rua de SP (e do Brasil) foi lançado em 2014 e injustamente pouco comentado no meio educacional. Assista-o integralmente:


Uau!

17 agosto 2016

O MACACO EM MÁRMORE ROSA DE DEVENDRA BANHART

Devendra sempre traz a doçura (e às vezes a tristeza) que faltava!

Saiu o primeiro áudio do novo álbum, "Ape in pink marble”. Dá play:


16 agosto 2016

FRANCOFONIA: LOUVRE SOB OCUPAÇÃO, DE ALEXANDER SOKUROV

Tomara que seja tão bom quanto Arca Russa e Fausto.

Francofonia entrará em cartaz nos cinemas quinta-feira.

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-227256/

Vamos?



Falando em obra de arte escondida na II Guerra Mundial, ATENÇÃO editoras: quando é que publicarão em português "Rescuing Da Vinci"?

https://en.wikipedia.org/wiki/Rescuing_Da_Vinci

José Minerini

14 agosto 2016

BASE CURRICULAR EVITA TRATAR ARTE COMO ADORNO, MAS CONTEÚDO É VAGO

Saiu na Folha de SP de hoje (Cotidiano, p. 4)


ROGÉRIO ORTEGA


A leitura das cerca de 30 páginas dedicadas especificamente ao ensino de arte –artes visuais, dança, música e teatro– entre as mais de 650 do projeto da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), divulgado pelo governo federal no mês de maio, talvez fosse mais fácil se os interessados providenciassem cartelas e fizessem uma espécie de "bingo do academês".

Verbos substantivados ("o fazer, o fruir e a reflexão sobre o fazer e o fruir")? Estão lá. "Problematizar"? Também, tanto no infinitivo como no gerúndio, "problematizando". "Ressignificar"? Idem. "Experienciar a ludicidade"? Ora, como não?

Também não faltam passagens abstrusas redigidas numa língua que às vezes lembra o português, como no trecho "as artes visuais oportunizam os/as estudantes a experimentarem múltiplas culturas visuais".

O que falta ao texto da BNCC é uma definição mais clara dos conteúdos a serem ensinados pelas escolas brasileiras nessas quatro disciplinas –do 1º ao 9º ano do ensino fundamental e nas três séries do ensino médio.

No que diz respeito à música, por exemplo, uma das orientações para os alunos do 1º ao 5º ano é "explorar elementos constitutivos da música em práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais, privilegiando aquelas presentes nas culturas infantis" (pág. 238 do documento).

É basicamente o mesmo que se requer dos estudantes nos anos finais dessa fase (6º ao 9º) –substituindo o verbo "explorar" por "identificar e manipular" e as culturas infantis pelas infanto-juvenis (pág. 398).

TEATRO
No teatro, a diferença de propostas dentro do ensino fundamental está mais bem definida –a BNCC pede que os estudantes dos anos iniciais exercitem "o faz de conta e a imitação", enquanto sugere aos alunos do 1º ao 5º ano "pesquisar, conhecer e apreciar o trabalho de grupos de teatro, de dramaturgos, de atores e diretores locais, regionais, nacionais e estrangeiros, do passado e do presente" (pág. 399).

Essa orientação, no entanto, é repetida ipsis litteris na parte do documento que trata do ensino médio (pág. 547), assim como outras.

O leitor que atravessar as extensas passagens que tratam dos fundamentos do componente "arte" e suas "seis dimensões de conhecimento" (criação, crítica, expressão, estesia, fruição e reflexão, igualmente repetidas nos capítulos sobre os ensinos fundamental e médio) descobrirá, ao fim, que o texto da BNCC deixa a definição das unidades curriculares do ensino de arte nas mãos das escolas.

"Os objetivos foram redigidos com o intuito de permitir que os sistemas de ensino, as escolas e os professores possam colocá-los em prática a partir de seus próprios repertórios artísticos (...) e de seus contextos sociais, políticos e culturais. Assim caberá aos sistemas de ensino e às escolas a composição de Unidades Curriculares de Arte mais ajustadas aos seus projetos de formação", diz o documento (páginas 523 e 524).

ADORNO
Ou seja, em vez de definir as unidades curriculares em cada série ou bloco de séries, o documento do governo parece mais preocupado –além de tentar explicar, à moda da antiga coleção "Primeiros Passos", o que é arte e qual a sua importância para a sociedade– em garantir que sejam contratados professores com formação específica em cada uma das quatro áreas.

Ou que o ensino de arte não seja tratado como adorno ou atividade complementar ao currículo das escolas, coisa que não apenas faz sentido como é coerente com a orientação da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

A dúvida é se a BNCC –cujo objetivo, em tese, é oferecer um mínimo comum de aprendizado para todo o país– é o lugar certo para explicar o que caracteriza as "dimensões de conhecimento" e estabelecer objetivos de aprendizagem mais ou menos vagos, em vez de dizer claramente (de modo sucinto, respeitando diferenças sociais e regionais) o que os alunos deveriam estudar em cada etapa.

Já que problematizar é importante para a evolução do debate das ideias, fica aqui uma sugestão.

04 julho 2016

CARTA DA VIÚVA DE PAULO FREIRE PARA MICHEL TEMER

Exmo. Sr. Presidente Interino do Brasil
Prof. Dr. Michel Temer



ASSUNTO: PAULO FREIRE: Wikipidia e SERPRO




Na qualidade de viúva, estudiosa e sucessora legal da obra do Educador PAULO FREIRE, quero, através dessa carta, estabelecer um diálogo cordial e franco com V.Exa., mesmo estando nós dois, em termos ideológicos, em posições diferentes, no sentido de esclarecer assunto que vem sendo divulgado pela imprensa nacional, de que partiu de dentro do governo através da rede do SERPRO, uma entidade pública, portanto sob a responsabilidade do Estado Brasileiro, a alteração no conteúdo da biografia de meu marido na enciclopédia livre Wikipedia, colocando-o como envolvido com um projeto de educação atrasado e fraco de caráter doutrinário marxista e manipulador.

Se não o tivesse conhecido na festividade de formatura de uma de suas filhas, creio que do curso de Psicologia/PUC-SP, ocorrida nos gramados do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, quando sentados lado a lado na Mesa Diretora, ouvi de V.Exa. o enorme respeito e admiração que tinha pela obra e pela pessoa de Paulo Freire, não teria a ousadia de Vos escrever.

Como V. Exa. sabe, enquanto intelectual e jurista, o meu marido jamais praticou nenhum ato e nunca escreveu nenhuma palavra dos quais se pudesse, em sã consciência, outorgar-lhe a pecha de doutrinador marxista e homem de princípios filosóficos e educacionais fracos e débeis, acusações contidas na nova biografia agora publicada pela Wikipedia.

Para a construção de um país verdadeiramente democrático é da mais alta importância, que, órgãos do Estado ou que prestam serviços a ele, como o SERPRO, não estejam compactuando com interpretações de espíritos liberais inescrupulosos, que, intencionalmente maculam a honra de um homem que deu sua vida para que a educação, sobretudo a do Brasil, possibilitasse a libertação e a autonomia dos homens e das mulheres de nosso querido país. Nunca sob o bastão da intolerância, do fascismo ou do comunismo.

Acredito que o atual Ministro da Educação, natural do estado de Pernambuco, Mendonça Filho, como Paulo Freire o foi, teria o prazer (pessoalmente considero que o dever) de esclarecer e inibir que inverdades sejam ditas de seu conterrâneo, homem ético, probo e honrado, Patrono da Educação Brasileira. Acredito que o referido ministro se colocará e agirá, positivamente, a favor, no momento em que for instigado a isso por V. Exa., contra a manipulação da máquina do Estado a serviço do amesquinhamento de um dos mais importantes homens desta Nação

É claro que Paulo Freire não é unanimidade, ninguém o é. Ele pode ser lido, analisado e contestado, isso faz parte da liberdade de expressão necessária e desejável à construção da cultura letrada de alto nível de qualquer país. Entretanto, o local dos contraditórios deve ser aberto, responsável, no seio da sociedade civil __ na rua, na universidade e nas escolas, através da mídia, nos sindicatos e fóruns etc __ e nunca dentro, exaltado por fato tendenciosamente ideológico-inverídico, acobertado pelo anonimato, por qualquer órgão da sociedade política.

É inconcebível que numa sociedade democrática se divulgue frases carregadas de ódio e de preconceito como: “Paulo Freire e o Assassinato do Conhecimento” __ absurda e ironicamente, no ano em que Paulo Freire está sendo considerado nos EEUU como o terceiro intelectual do mundo, de toda a história da humanidade, mais citado, portanto mais estudado nas universidades norte-americanas, que, a princípio são contra o marxismo.

Contando com Vossa compreensão e interferência para que se restabeleça a Justiça e a Verdade.

Cordialmente
São Paulo, 30 de junho de 2016.

ANA MARIA ARAÚJO FREIRE

03 junho 2016

EM REFORMULAÇÃO

AEP ONLINE VOLTARÁ A SE CHAMAR AEOL.

LOGO MAIS ESTARÁ DE VOLTA COM INFORMAÇÕES E ATUALIDADES PARA ARTE//EDUCADORES.

28 março 2016

CURSO A DISTÂNCIA "SABERES DAS COMUNIDADES: FORMAÇÃO DE PESQUISADORES NA ESCOLA"

Faculdade de Artes Dulcina de Moares.

Inscrições até 31/03/2016.

Objetivo principal

Promover a formação de graduandos, professores e profissionais da educação para a realização de pesquisas etnográficas em parceria com estudantes com a intenção de integrar a proposta curricular da escola com os saberes identificados na produção artística e cultural das famílias.

Características do curso

A DISTÂNCIA: com uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Grupo Arteduca
MODULAR: conforme programa apresentado abaixo
NÍVEL DE FORMAÇÃO: aperfeiçoamento
PARCERIA E CERTIFICAÇÃO: Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM), Brasília.
PÚBLICO-ALVO: graduandos, professores e profissionais que atuem no campo da Educação
CARGA HORÁRIA: 240h.
DURAÇÃO: seis meses
VAGAS: 50
INVESTIMENTO: o valor da mensalidade deverá girar em torno de R$ 240,00 (6 parcelas).
Esse valor poderá ser reduzido, conforme a demanda identificada no processo de pré-inscrições. Quanto mais alunos inscritos para dividir os custos totais do curso, menores poderão ser as mensalidades.
Para que se compreenda como é definido o valor, segue uma explicação: como não contamos com patrocínios, os custos para garantir a oferta são cobertos pelas mensalidades pagas pelos participantes. Por esse motivo só definimos o valor exato a ser cobrados após realizar um levantamento de demanda. Esse procedimento nos permite ajustar a valor a um número de participantes próximo do real, mantendo o orçamento mais enxuto e preciso.
Divulgaremos o valor exato assim que for encerrada a etapa de pré-inscrições. Serão, então, matriculados os candidatos que cumprirem os requisitos da primeira etapa de seleção e que confirmarem seu interesse em participar.

Programa do curso

Módulo 1: (integra o processo seletivo): Fundamentos da Aprendizagem a Distância
Módulo 2: Abordagens teórico-metodológicas para a interpretação de imagens
Módulo 3: A estética do cotidiano
Módulo 4: Etnografia no contexto escolar: métodos e técnicas da Antropologia Cultural
Módulo 5: Etnografia na comunidade escolar: a pesquisa de campo
Módulo 6: Cartografias colaborativas na escola
Módulo 7: Saberes e fazeres das comunidades no currículo escolar

Seleção: realizada em duas etapas

Etapa 1: análise dos currículos (conforme modelo) e cartas de intenções encaminhados juntamente
Etapa 2: avaliação das participações no primeiro módulo do curso, considerando a necessidade de acesso e frequência no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Inscreva-se aqui.

06 março 2016

A CAMPANHA DE ANA MAE BARBOSA PARA APRIMORAR O ENSINO DAS ARTES NO BRASIL

O Brasil está discutindo a BNCC - Base Nacional Comum Curricular, o que substituirá os PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais de 1998.

Isso implica em definir 60% do que se ensinará nas escolas de todo o país.

A área de Artes está atualmente no módulo Linguagem e dessa forma permite compreender que pode ser dissolvida em outras disciplinas. Por conta disso, a FAEB - Federação de Arte Educadores do Brasil está lutando para que sejam ensinadas as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro por professores formados nas respectivas áreas.

Ana Mae Barbosa, a maior autoridade nacional e com inserção internacional neste assunto decidiu fazer um abaixo-assinado para defender a mesma causa e que sejam instituídas estas áreas artísticas como disciplinas.

Resultou dessa iniciativa um artigo disponível aqui e os vídeos abaixo, tratados como ciberativismo, afinal, Ana Mae vem dedicando sua vida a fazer isso: ativismo pela educação e pelo ensino/aprendizagem das artes.

A ideia original dos vídeos é de Jurema Sampaio e foram veiculados pelo Facebook de Ana Mae. Assista-os, pela primeira vez juntos.

















José Minerini
Editor AEOL

19 fevereiro 2016

KAROL CONKA

Suponho que de tanto ter que explicar que seu nome começa com a letra k é que surgiu o nome Karol Conká.

Karol Conká
http://www.zonasuburbana.com.br/rap-nacional/karol-conka-e-boss-in-drama-lancam-clipe-de-lista-vip/ 

Em "Lista Vip" ela se insere em uma linha disco diva que vem desde os tempos setentistas de Gretchen e Lady Zu, passando pelo povo montado do mundinho da moda dos anos 1990 capitaneado por Bebete Indarte, DJ Mauro Borges e Johnny Luxo nas casas noturnas Nation, Massivo e Sra. Krawitz de SP. Tudo isso temperado com um boa pitada de rap, DNA da artista.

Dá play:


Catou o toque Village People e o figurino Versace? E a fila de entrada com infindáveis garotas vestidas de nude? Gongou sem dó uma das populares imagens de moda desta segunda década do século XXI. Pura tombação!

Anitta é a cantora pop do momento, estigmatizada por atingir os holofotes com o funk que a classe média e a burguesia trupiniquim (assim mesmo) adora odiar.

Como esse povo trupica mais num cai, durma-se com a badalação dessa moçada pós Lady Gaga, que não tem medo algum de mudar de roupa como quem muda de opinião. Estou falando de uma geração altamente volátil, portanto, a ordem é essa mesma. Que inveja!

Mas... longe de mim desmerecer a "Opinião" de Zé Keti.

Percebeu que os recentes videoclipes brasileiros estão mega produzidos? Giovanni Bianco trabalha com Madonna e dirigiu "Bang" e "Essa mina é louca" de Anitta.

Felipe Sassi fez ótima direção no clipe "Lista VIP" de Karol Conká e Boss in Drama. Repleto de boas referências, cita até o icônico programa televisivo "Soul Train".


Que tal?

José Minerini

P.S.: Usei neste texto algumas expressões comuns entre o povo da moda nos anos 90.

10 fevereiro 2016

"TÔ DE BOWIE" DEMONSTROU A VULNERABILIDADE E O AMADORISMO DO CARNAVAL DE RUA DE SP

Ouvi dia desses em um programa de televisão que bloco de carnaval é composto por instrumentos de percussão e vocal. Quando entra instrumento de sopro chama-se banda.

O bloco "Tô de Bowie" tinha sopro e, por conta disso, poderia ser chamado de banda?

Bombou! Lotado, não faltou gente com tatuagem, coque samurai, barba à lenhador com glitter e raios pintados por toda parte à la "Alladin Sane", álbum lançado em 1973 pelo homenageado David Bowie falecido em 10 de janeiro último.

http://www.obaoba.com.br/evento/balada/bloco-to-de-bowie-2016-sao-paulo-09-02-2016 / divulgação

Um casal purpurinado de dourado lembrou que se tratava de um ícone do glam rock e purpurinava quem perto deles ficasse. LoL!

Os problemas apareceram quando as pessoas começaram a reclamar que só se ouvia uma música: "Rebel, rebel". A versão carnavalesca ficou ótima, mas parecia show de Valeska Popozuda na Virada Cultural 2014 de tanto que repetia a mesma música.


O cortejo parou de andar e de tocar para anunciar que havia chego no pobre carro de som uma carteria de identidade perdida. O gesto nobre de anunciar o achado no microfone foi aplaudido por quem lá estava de boa, digo, de bowie.

Batman, o dono da carteira, subiu no fraco carro de som e aproveitou a deixa para pedir sua namorada, Branca de Neve, em casamento. Óóóóóóóóhhhh, o rapaz encarnou um Batman encantado e foi ovacionado pelos aproximadamente 40 mil participantes. Já falei que o carro de som era péssimo? Sim, era chocho mas deu para ouvir o pedido de casamento.

Mesmo assim, xoxo (abraços e beijos) para o "Tô de Bowie" pois reinou a liberdade, e isso já é muito importante. Ano que vem estarei lá e espero que "Rebel rebel' seja realmente rebel. Se em Salvador folião pipoca é o hype de 2016, que em São Paulo sejamos todos "tô de boa" e continuemos livres, sem cordas nem abadás. Isso sim é rebeldia.

Alalaô Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo: São Paulo é movida por um capitalismo feroz e profissionais do entretenimento certamente já miram suas estratégias que constroem mas também destroem coisas belas para o carnaval de rua da cidade. Estamos vulneráveis. Resistência e rebeldia já!

Depois do casório, o sofrível carro de som (já falei sobre isso?) começou a tocar outras músicas de Bowie. Em playback.

O amadorismo pairou sobre o desfile de "Tô de Bowie": parou no meio da Avenida Rio Branco enquanto nós que estávamos no chão éramos prensados uns aos outros por quem vinha atrás. Ta tranquilo ta favorável? Não, né!


Precisamos aprender com o povo de São Luís do Paritinga, de Salvador, Rio de Janeiro, Olinda, Bezerros, Ouro Preto ... que bloco, banda, trio elétrico, cortejo, cordão ou seja lá que nome se dá que não pode parar para nada. O povo sufoca!

Após isso, desisti, saí da Avenida Rio Branco. Entristecido, porque queria ir até o Vale do Anhamgabau super de bowie. Já não sou mais jovem o suficiente para saber de tudo e muito menos para seguir prensado no calor do asfalto da paulicéia que potencializa o sol de Verão a níveis absurdos.

A cidade de São Paulo se gaba de ser a mais rica de todo o Brasil. Mas falta-lhe a humildade de saber que seu crescente carnaval de rua ainda tem muito que aprender antes que o poder do dinheiro dite suas regras. Banheiro químico era quase mostruário de showroom de tão pouco e carro de som com qualidade sofrível, mas, se não me engano, do som já falei. Fato é que quem pode pode, e quem não pode se sacode entre urina e apertões de bloco parado pisando em garrafa de vidro quebrada no chão.


Hello organizadores do "Tô de Bowie", por favor, não parem nunca de andar e que tal fazer uma única versão com as músicas "Quem pode pode" e "Heroes"? Heroísmo teve quem enfrentou esse amadorismo todo. Não culpo os inventivos criadores desse bloco/banda, pois vocês só fizeram aparecer quão frágil está o carnaval de rua de São Paulo.


Outros blocos devem ter passado por isso certamente, mas não vi. A rua é de todo mundo e merecemos melhor estrutura para viver o "rebel, rebel" do carnaval. Quanto ao "Tô de Bowie", já que amor não falta, mais música por favor!

José Minerini

P.S.: Não acompanhei a maior parte do trajeto e espero que outras músicas de David Bowie tenham sido tocadas em versão carnavalesca. Repertório tem de sobra.

07 fevereiro 2016

TÁ TRANQUILO TÁ FAVORÁVEL

Eis que surge mais um clássico da Música Popular Brasileira.

Dessa vez vem de SP e tem potencial para se equiparar ao "Beijinho no ombro" de Valeska.

O clipe para o funk "Ta tranquilo Ta favorável" de MC Bin Laden não tem a mesma megaprodução da funkeira carioca mas é corajoso e fala direto com a moçada que está na casa do 20 anos.

http://www.brasilpost.com.br/2016/02/04/fff_0_n_9161532.html

Dá play:


Que tal?

José Minerini

01 fevereiro 2016

MASP 2016

Primeira mão: Remontagem de exposições dos primórdios do prédio da Avenida Paulista. Põe na agenda:

- "Playground" de Nelson Leirner no vão livre

- "A mão do povo brasileiro" no 1º andar

Eba!

26 janeiro 2016

ANA MAE INFORMA: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENSINO DA ARTE NO BRASIL

O perde e ganha das lutas 

Por: Ana Mae Barbosa (USP e Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo).

RESUMO:  Este texto é um histórico das lutas que os arte/educadores brasileiros e a FAEB (Federação de Arte Educadores do Brasil) têm enfrentado para manter as Artes como disciplinas obrigatórias no currículo. Este histórico se faz necessário frente a atual luta que começamos a desencadear contra a desqualificação das Artes na BNCC - Base Nacional Curricular Comum presentemente em discussão no país.
Palavras-chave: Politica, Ensino da Arte, Arte/Educadores 

ABSTRACT: This paper is a history of struggles that Brazilian art/educators and FAEB have faced to keep the arts as compulsory discipline in the curriculum. This history is needed to help us to be persistent in this new struggle that we began to unleash against the disqualification of Arts in the BNCC currently under discussion in the country. 
Keywords: Politics, Art Teaching, Art/Educators

No Brasil as Artes só tiveram a mesma importância que as outras disciplinas no currículo em três reformas:

1 - Reforma Rui Barbosa, que deu especial atenção e maior número de páginas ao ensino do Desenho; (1882-1883);

2 - Escola Nova, especialmente a Reforma Fernando de Azevedo, no Distrito Federal, e Reforma de Minas Gerais(1927 -1930);


3 - Reforma Curricular de Paulo Freire, nas Escolas da Prefeitura de São Paulo.

De resto, Arte tem sido desprezada no currículo, mas raramente de maneira TÃO agressiva e explicita como está sendo feito pela nova Base Nacional de Currículo Comum que vai substituir os PCN. Na comissão que determinou o texto da BNCC, que estamos discutindo, deveria ter sido incluído um representante da diretoria da Associação de Arte Educadores do Brasil.

A estratégia de considerar as Artes SUB-componentes é SUB-repticiamente intencional com o objetivo de, sem ferir a Lei de Diretrizes e Bases, retirar Arte do currículo, ou melhor, não contratar professores de Artes, que ficarão atreladas às outras disciplinas. O professor de Português ilustrará suas aulas com obras de Arte etc. Por exemplo, ao discutir o tema "ponto de vista" em Literatura, usará a tela "As meninas", de Velásquez. Teremos aí uma excelente aula interdisciplinar, mas não é apenas Arte como tema transversal que nossos estudantes do Ensino Fundamental e Médio precisam. Temos que agir imediatamente, sem medo do MEC.

O problema que vejo é que acabou a ditadura, mas os professores, especialmente os universitários,  continuam com medo do MEC, que pode persegui-los, negando bolsas e outros benefícios. É preciso ter coragem e se arriscar. Fui perseguida pela CAPES e CNPq nos tempos da ditadura, tudo me era negado, e a meus orientandos, mas consegui, com a colaboração de colegas do Jornalismo da ECA-USP, e de Heloísa Ferraz, a entrada do Ensino da Arte na ANPAP, quando ela foi constituída pelo CNPq. A ANPAP iria ser só de História/Teoria da Arte e Poéticas Visuais. Ainda mais, demos chance para se criar as áreas de Curadoria e Restauração, pois, diante da entrada de Ensino da Arte, as pessoas contra essa entrada raciocinaram que, se nossa área, que consideravam subárea, entrou, outras áreas "periféricas" da História e das Poéticas deveriam entrar.

Valeu a pena ser perseguida e pude até ser redimida quando me tornei Presidente da ANPAP. Na minha gestão, e nas seguintes, o número de arte/educadores na ANPAP cresceu tanto que, posteriormente, a Diretoria do Rio Grande do Sul quis retirar Ensino de Arte da ANPAP. Foi outra luta que está mencionada no meu livro Tópicos Utópicos.

Nos inícios de 1980, Claudio de Moura e Castro, então Presidente da CAPES, organizou um Congresso em Ouro Preto para fazer os convidados apoiarem sua ideia de que, para as Artes, não era necessário Doutoramento. Nível de doutoramento seria concedido a quem fizesse uma exposição no MASP, um concerto na sala Cecília Meireles etc.

Uma aluna minha acabara de ter uma individual no MASP, porque o Bardi queria fazer uma exposição da coleção de Arte do pai dela. Os convidados do Congresso eram todos dependentes da CAPES. Eu, por exemplo, havia voltado de um Curso do British Council, pago pela CAPES, visitando as Pós-Graduações na Inglaterra. Além disso, havia, no encontro de Ouro Preto, figuras de brasileiros notáveis, como a venerável Bárbara Heliodora Carneiro de Mendonça, tia do Moura e Castro, considerada a maior especialista de teatro do país, e artistas como Regina Silveira.

Ninguém se opôs, eu usei minha fala só para combater a proposta, e denunciei o encontro como uma armadilha para nos obrigar a amarrar um pacote decidido pela CAPES. Hoje reconheço que era muito agressiva. Depois disso, fui obrigada a comer todo dia sozinha, ninguém chegava perto da mesa em que eu estava, só a professora Pompeia da UFMG, que estava prestes a se aposentar, e o assistente do Claudio de Moura e Castro, ousaram fazê-lo. Esse último, por estratégia política, ou para amansar a fera. Mas, um convidado americano, de Música, da Universidade do Texas, considerado brasilianista, ficou tão revoltado, porque eu disse que, eles, de fora vieram nos convencer de que o que era bom para os Estados Unidos, era bom para o Brasil, se recusou a dar sua palestra. Desde aí não tive bolsa da CAPES por quase 10 anos.

A luta pela manutenção da obrigatoriedade do ensino da Arte foi de todos da FAEB. Fizemos manifestações públicas em frente à Bienal, e usamos o “telegramaço”, enviando mensagens para todos os senadores. Coloquei minha cabeça a prêmio na minha própria universidade, pois ia falar com os poderosos da USP, envolvidos na constituição da Lei de 1996. Tornei-me antipática para alguns, e acusada de corporativista.

Outra luta em prol do reconhecimento das Artes foi iniciada por Laís Aderne, frente ao MEC, na época em que o SESU tinha comissões de avaliação em todos as áreas universitárias, menos em Artes e Educação Física. Laís conseguiu, por meio do Prof. Iveraldo Lucena, que fôssemos recebidas pelo Ministro da Educação, e ele nos delegou a tarefa de organizar a Comissão de Artes e Design que, depois de fazer um trabalho árduo de consulta a todos os Cursos de Artes e Design das Universidades brasileiras, e quatro encontros nacionais desses cursos (Brasília, Campo Grande e Salvador), apresentou a proposta de avaliação assinada por representantes das universidades presentes nos encontros. Não foi trabalho perdido, pois Lúcia Pimentel escreveu sua tese de doutorado aproveitando os documentos por nós deixados no MEC. Foram jogados fora pelos funcionários logo depois que ela os consultou.

Para defender as artes me meti até na Universidade dos outros, que considerava minha também, pois nela sofri uma das maiores injustiças de minha vida. Trata-se da Universidade de Brasília, da qual fui demitida por razões políticas, em 1965, grávida e tendo de voltar para Recife, onde a situação política era das mais duras no país. Infelizmente, hoje estou distante da UNB. A convite de Grace Freitas, diretora do IdA da UNB, e Susete Venturelli, fui à Brasília defender, no Conselho Universitário, a criação do Mestrado em Artes. Era esperada com certa dose de aversão, pois pensavam que eu iria defender a ideia de que, para os professores do mestrado, bastava ser artista, mas, consegui dialogar muito bem com os cientistas. Hoje 'pago o pato' por ter ajudado a UNB e sou até difamada por um "sedizente" todo poderoso, da mesma Pós-Graduação do IdA que ajudei a defender.

Não é para me gabar que estou dizendo tudo isto, mas, para lembrar que pagamos por nossas intervenções junto ao poder governamental, mas vale a pena, se conquistamos algo para nossa área, tão frágil e desempoderada. Pago, até hoje, por ter criticado acerbamente os Parâmetros Curriculares de Artes Visuais, contra os quais lutei quase sozinha, contando com a companhia apenas de Maura Penna, que liderava um grupo de João Pessoa (UFPB), que escreveu um livro com críticas muito pertinentes. Mas, aceitei participar da consultoria sobre os PCN de 5ª a 8ª série, para livrá-los do excessivo modernismo e, com a ajuda de Ingrid Koudela, introduzimos a CONTEXTUALIZAÇÃO, que é considerada, hoje, uma das características da Educação e das Artes Contemporâneas, opondo-se ao vanguardismo modernista, e à reflexão da filosofia escolástica, dois pecados dos PCN de 1º ao 4º anos. Há poucos dia uma aluna me contou que sua professora, no Rio de Janeiro, disse que eu fui contra os PCN porque meu nome não estava neles. O pior é que estava lá meu nome como consultora nos PCN de 5ª a 8ª série, isto é, 5º a 8º ano.

Os meus amigos me criticam porque não economizo meu nome. Em qualquer luta justa eu me meto de cabeça, e tenho pena dos que desistem, para proteger suas imagens e nomes frente aos poderes constituídos e a História. Hoje precisamos nos posicionar, encher a caixa de e-mail da Fundação Lemann, dos donos da AMBEV, AB INBEV, Burger King, Lojas Americanas, Americanas.com, Submarino, Shoptime etc., que vivem na Suíça, educam filhos e netos no primeiro mundo, que valora as Artes, e querem para nosso povo uma educação para as artes meramente ilustrativa das outras disciplinas, submetida as outras disciplinas.

É a Fundação Lemann que está desenhando a BNCC, isso é, os novos Parâmetros Curriculares. Mais uma vez nos reduzem à condição de colonizados. A ditadura entregou à Universidade de San Diego o poder de decidir nossa educação. A redemocratização entregou esse poder a um espanhol, Cesar Coll, que fracassara na tarefa de desenhar o currículo nacional de seu próprio país e enriqueceu escrevendo e vendendo livros paradidáticos medíocres, sobre todas as disciplinas, através do MEC, para os professores de todo o país. Agora, a Fundação Lemann quer nos submeter aos desígnios da Universidade de Stanford, melhor do que a de San Diego, que dominou nossa educação na ditadura, mas, uma universidade de um país hegemônico, que quer continuar hegemônico.


Por favor, não acreditem no falso discurso da interdisciplinaridade. Já fomos enganados pela ditadura que, em nome da interdisciplinaridade, pretendeu preparar, em dois anos, um professor para ensinar Música, Teatro, Artes Visuais, Dança e Desenho Geométrico, tudo ao mesmo tempo. Ninguém poderia ser Leonardo da Vinci no século XX.

Imagem: Petição para Manter no currículo como disciplinas as Artes Visuais, Teatro, Música e Dança!

Sinceramente, não sei se devemos culpar somente à Fundação Lemann pela agenda escondida, contra as artes, no currículo, pois, na época em que o Prof. Paulo Renato foi Secretário de Educação de São Paulo, depois de ter sido Ministro de Educação de Fernando Henrique, e tratado  as Universidades Federais “à míngua”, apareceu no Diário Oficial uma portaria determinando que no EJA quem ensinaria Artes seria o Professor de língua estrangeira.

Escrevi ao Secretário e não tive resposta. Pedi a um jornalista amigo meu, do PSDB, muito conceituado nos meios intelectuais, que fizesse alguma coisa para que eu pudesse convencer o secretário a voltar atrás. Ele entregou a carta ao Serra, então governador, que me respondeu prometendo entregá-la ao Secretário. Recebi resposta marcando uma reunião à qual não pude comparecer, mas, Christina Rizzi e Jaqueline Mac Dowell, então presidente da FAEB, foram e demoveram as assessoras de Artes de pôr em pratica a portaria. O que elas disseram é que havia chegado do MEC uma nova assessora, que teria sido autora da ideia, para economizar com professor.

Sejam lá quem forem os culpados, MEC ou Fundação Lemann, não podemos relegar as Artes à condição de subcomponentes, quando já conquistamos o lugar de disciplinas em legislações anteriores.

Lutemos contra a SUB ARTE no currículo.

Lutemos contra a educação banqueira do “Todos pela Educação”, não só contra a educação bancaria que Paulo Freire condenava. O programa Todos pela Educação organizado pelos ricos do Brasil há quase dez anos mina as Secretarias de Educação gerenciando-as e culminou em São Paulo com o problema do projeto de fechamento das escolas heroicamente combatido pelos próprios alunos.


NOTA DA AUTORALembrando que os BNCC  estão baseados no Núcleo Comum americano. Recomendo a todos a leitura completa deste excelente texto sobre a trajetória do BNCC: MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03, p.1530-1555 out./dez. 2014. ISSN: 1809-3876 1530 Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP.  Disponível em <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/viewFile/21666/15916>, acesso em 20/01/2016


NOTA DO EDITOR AEOLAna Mae Barbosa organizou uma PETIÇÃO ONLINE para que a Arte não seja um sub-componente na BNCC, saindo da área de Linguagem para tornar-se componente próprio. ASSINE AQUI e apoie o Ensino das Artes Visuais, do Teatro, da Música e da Dança nas escolas de todo o Brasil. É fácil e rápido!