Algumas bandas, sejam nacionais ou de fora, têm vida curta. Isso
não quer dizer que sua contribuição tenha sido menos importante.
Nessa linha, merece ser citada a banda Moto Perpétuo.
Formada em São Paulo na primeira metade da década de 1970, teve em seu line-up, Egydio Conde (guitarras e vocais), Diógenes Burani (bateria), Gerson Tatini (baixo e vocais), Claudio Lucci (violões, violoncelo, guitarras e vocais) e nada mais, nada menos que Guilherme Arantes (teclados e vocais).
Nessa linha, merece ser citada a banda Moto Perpétuo.
Formada em São Paulo na primeira metade da década de 1970, teve em seu line-up, Egydio Conde (guitarras e vocais), Diógenes Burani (bateria), Gerson Tatini (baixo e vocais), Claudio Lucci (violões, violoncelo, guitarras e vocais) e nada mais, nada menos que Guilherme Arantes (teclados e vocais).
Imagens: http://www.celsobarbieri.co.uk/memorias/index.php?option=com_content&view=article&id=494:moto-perpetuo-moto-perpetuo-1974&catid=21&Itemid=66
O álbum “Moto Perpétuo”, filho único dessa formação, chegou em
1974, pela gravadora Continental Discos e conforme Guilherme relata, seu
lançamento foi ofuscado, não só pelo mercado musical da época, como pela
estratégia da própria gravadora que, ao mesmo tempo lançava A Barca do Sol
(outro grande disco para se falar aqui e se ouvir aqui), com apadrinhamento mais forte. Apesar
disso, teve sua estreia ao vivo no Teatro 13 de maio, em São Paulo, atual Café
Piu-Piu.
"Moto perpétuo" é acima da média e tem ótimos arranjos, apesar
das dificuldades de se gravar um álbum de rock progressivo com a tecnologia que se
tinha à disposição em nosso país, àquele momento. Essa defasagem pode ser
notada, por exemplo, nas gravações de bateria em todas as faixas, onde o
baterista Diógenes inseriu incríveis arranjos, com viradas dignas das melhores
bandas da década de 70, porém prejudicadas em seu registro final, sem nitidez e
engolida por outros instrumentos.
A bateria de “Verde Vertente” é sensacional, pontuada pelo
contra-baixo de Gerson Tatini, inspirado nos timbres de Chris Squire (Yes), sem
falar no arranjo dos vocais da música inteira. Podemos citar ainda, a faixa
“Mal o Sol” que abre o disco, “Seguir Viagem”, que emociona bastante com
violões muito bem tocados e uma letra simples e linda. “Conto Contigo”, “Matinal”
e “Turba” são outras pérolas que valem prestar atenção e repetir sua audição.
Confira:
"Moto Perpétuo" é uma estrela perdida nessa imensa constelação do rock nacional e abriu caminho para seu tecladista Guilherme Arantes alçar um voo solo extremamente bem-sucedido na música popular brasileira. Ouça-o contando um pouco dessa história:
"Moto Perpétuo" é uma estrela perdida nessa imensa constelação do rock nacional e abriu caminho para seu tecladista Guilherme Arantes alçar um voo solo extremamente bem-sucedido na música popular brasileira. Ouça-o contando um pouco dessa história:
Parte da banda (Claudio Lucci, Gerson Tatini e Diógenes Burani) voltaria em 1981 para gravar outro lindo LP sob o nome de "São Quixote", com Mônica Marsola (voz e violões) e participações do próprio Guilherme Arantes.
É isso! Aquilo que é bom se perpetua, em qualquer tempo ou espaço.
Carlos Bermudes, especial para AEOL.
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