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Tem quase 500 páginas e seis contribuições da América
Latina.
Duas sobre Música, uma do México - principalmente sobre a formação de professores na Universidade Panamericana - e outra do Brasil de Magali Kleber, um artigo muito bom sobre música nas ONGs brasileiras.
Duas sobre Música, uma do México - principalmente sobre a formação de professores na Universidade Panamericana - e outra do Brasil de Magali Kleber, um artigo muito bom sobre música nas ONGs brasileiras.
Outro artigo latinoamericano é de
Alejandra Orbeta (Chile) que fala de uma pesquisa comparativa entre Chile,
Brasil, Argentina e Colômbia. Trata-se de uma pesquisa acerca das políticas
públicas e conclui que seguimos os objetivos da UNESCO (2006, 2010). Ela termina dizendo que se de um lado Artes Educação (designação usada no
livro) nestes quatro países promove a tradição - especialmente em relação à cultura autóctone e ao artesanato - do outro encoraja a criatividade, a
inovação e as mudanças.
Há ainda um magnifico artigo
de Gloria Restrepo da Colômbia sobre Artes Educação na construção de uma paz
sustentável.
Ela dá relevância ao contexto: Arte Educação tem que
responder às necessidades do país. Ressalta que precisamos de mais
pesquisas para provar a importância social das Artes para reverter os
terríveis danos provocados ao ser humano pelas relocações forçadas,
desigualdade, insegurança física, violência, luta pela terra, etc.
Por fim temos um artigo muito bom de Camila Malig Jedlicki, participante
do Projeto de Pesquisa MONAES (Monitoring Arts Education Systems) da
UNESCO coordenado por Tenis Ildens no Netherlands Center of Expertise
for Cultural Education and Amateur Arts, que tinha como objetivo monitorar
a agenda de qualidade da Unesco em todos os países membros desta organização.
Aliás, o livro foca principalmente nos resultados desta pesquisa. Na primeira
parte da pesquisa - realizada em fevereiro de 2006 - entrevistaram 312 especialistas de 56
países sobre a interpretação individual de cada um acerca da função das Artes
Educação e seu envolvimento e compromisso pessoal. Na segunda, se aplicou em maio de 2006 um questionário sobre
os objetivos da UNESCO em cada pais: ACESSO, QUALIDADE e RESOLUÇÃO DE DESAFIOS. Foi respondido por 214 arte educadores de 52 países.
A
distribuição dos respondentes foi muito desigual:
- 72% da Europa e Estados
Unidos;
- 21% da Ásia do Pacífico;
- 6% da África, Estados Árabes e América
Latina.
Camila explica que enviou questionário aos membros do CLEA (Consejo Latinoamerincano de Educación por el Arte) e outros especialistas no total de 85 pessoas e só obteve 26 respostas. Pesquisou o
número de publicações e o resultado foi:
- Brasil 18%;
- Colômbia 17%;
- Chile 14%;
- Chile 14%;
- Argentina 12%;
- México 11% ;
- 19% do que é publicado na América Latina é de
autores de fora da região.
Camila, inteligentemente mas de forma discreta, aponta
nossa dependência cultural em relação á Europa,
mostrando que 36% das editoras
que publicam livros e revistas com artigos sobre Artes Educação na América
Latina
são estrangeiras, principalmente de Espanha e Portugal.
Meu artigo publicado nessa edição menciona várias experiências positivas e decoloniais na
América Latina. No Brasil o "Tear", o "Daruê Malungo" e o "Projeto Casa Grande", os três com
mais de 20 anos.
Uruguai, Taller Barradas e Bienais; Mexico, La Nana isto é CONARTE
;Paraguai , TEIJ; Argentina IMEPA e Rede Cossettini; Guatemala Musica e
Creatorio; Cuba DUPP.
Trata-se de um livro que nos mostra o que acontece em Arte/Educação no mundo.
Ana Mae Barbosa, especial para AEOL.
Ana Mae Barbosa, especial para AEOL.
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