21 setembro 2017

ROCK SPOTS: THE WHO

Era uma vez uma banda que se formou ao Oeste de Londres, em 1964...

Espere um pouco, "Era uma vez..."???

Isso não é a cara do The Who! 

Em 1964, a história do The Who se funde com a subcultura Mod (Modernists), tornando-se muito representativa no meio.

The Who falava para um público essencialmente jovem, adolescente, quase sempre masculino (vide Pictures of LilyI'm a manSubstituteI'm a boy...) e a conquista de uma tribo nova para quem se encontrava na terra dos Beatles e Rolling Stones já trazia a esses caras um grande mérito. 

Uma das marcas registradas da banda eram suas performances no palco. Pete Townshend com seus saltos, um dia bateu o braço de sua guitarra no teto e muito puto com o acidente, finalizou a vida do instrumento chocando-o no chão. A partir daí, o Rock and Roll já não era mais o mesmo. Nos próximos shows a bateria de Keith Moon teria o mesmo destino e muita Silver Tape protegeria o cabo do microfone de Roger Daltrey para aguentar mil giros pelo ar.

Ao lado de figuras como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Santana e outras estrelas, tocaram nos maiores festivais de música do mundo: Monterey (1967) e Woodstock (1969).
Até o final da década de 60, as composições da banda cresceram bastante, chegando a serem considerados os precursores do gênero "ÓperaRock", com o disco Tommy (1969) e Quadrophenia (1973).

Mas o ponto alto do Who é o album Who's Next (1971). Aclamado por críticos e público é um disco essencial na história do Rock. Construído a partir de um projeto frustrado de Pete Townshend chamado Lifehouse, vários clássicos da banda rolam nesse vinil: Baba O'Riley e Won't get fooled again (temas da série C.S.I.), Behind blue eyes (regravada por Limp Bizkit em 2003), sem contar nas excepcionais The song is over e Pure and easy.
O The Who se apresentará no Brasil pela primeira vez nesta noite em São Paulo Trip (Allianz Parque), e no Rock in Rio dia 23/09. 

The Who contradiz sua própria letra ("...hope i die before i get old") e mostra que chega aos 50 anos de idade, mesmo com baixas pelo caminho (o baterista Keith Moon em 1978, hoje substituído por Zak Starr, e o baixista John Entwistle, em 2002, com Pino Palladino agora em seu lugar) mostrando força, punhos cerrados, raiva, fome de Rock e falando para jovens de sete a setenta anos.

É muita história e muito som em campo. 

Imagem: https://www.rockinthehead.com/single-post/2017/03/13/The-Who-grupo-confirmado-no-Rock-in-Rio-2017  




Carlos Bermudes, especial para AEOL

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