14 abril 2014

Conversas ao meio-dia com Ana Amália

A conversa de hoje é com a arte-educadora e fundadora do Arteducação Produções Ana Amália.  Ela defendeu em 2012  sua tese de doutorado "Além do corpo: uma experiência em arte/educação" que pode ser lida integralmente aqui. Para conhecer mais a autora, acesse seu blog.
Boa leitura!
"Piso", aquarela sobre papel.
Acessibilidade?
Tem sido cada vez mais frequentes os eventos sobre acessibilidade em espaços culturais. Há quase 12 anos, quando tive o AVC e fiquei tetraplégica, era tudo muito mais difícil. Por varias vezes fiquei parada, em minha cadeira de rodas, sem poder entrar em algum espaço cultural. A partir de 2009 passei a levar meus alunos cadeirantes da Associação Nosso Sonho e criei o habito de ir ao local antes para certificar-me da acessibilidade, não apenas física.
No dia 28 de março fui à um evento da jornada cultural no Itaú Cultural sobre acessibilidade e inclusão em espaços culturais. Não posso falar muito a  respeito porque não estive em tudo apenas na palestra da deputada Mara Gabrili, que falou bastante das leis para pessoas com deficiência, algumas leis já aprovadas e outras em tramitação na Câmara do Deputados, por exemplo, a  instituição do "Dia Nacional do Teatro acessível: Arte, Prazer e Direitos de 21/08/2013" de autoria de  Mara Gabrilli – PSDB/SP, Rosinha da Adefal – PtdoB/AL, Jandira Feghali – PcdoB/RJ e Jean Wyllys – PSOL/RJ. 

Sempre me pergunto de que acessibilidade estão falando.
Recentemente fui a um evento no MAM/SP que é um museu totalmente acessível, e na exposição tinha uma  obra  que estava muito alta para mim, se eu não conseguia ver, imagine uma criança.
Outro dia fui a Caixa Cultural, também totalmente acessível, mas de onde eu olho os quadros o reflexo da luz nos vidros, ofuscam.
Ou seja, os locais são acessíveis, mas a expografia não. E o educativo?
Vou parar aqui.
Deixo essa pergunta e na próxima vez falaremos sobre os educativos.
Ana Amália Tavares Bastos Barbosa

Um comentário:

val alencar disse...

Em São Paulo tem espaços culturais bastante acessíveis, mas sempre achei um problema chegar nestes locais, a cidade não é acessível. Percebi isso quando a Helena era bebê e não conseguia ir a lugar nenhum com ela de carrinho, imagina um cadeirante, um deficiente visual, um idoso???? A cidade pode ser uma verdadeira pista de obstáculos.