A mostra vem recebendo críticas depreciativas e, ao visitar a exposição me perguntei por que tanto desmerecimento. A curadoria é abrangente e traça consistente panorama do universo estético de Flávio, dado importante para instigar o visitante não estudioso da arte.
Autorretrato de Flávio de Carvalho, 1965
O MAM apresenta outras experiências (a nº 1 refere-se a uma suposta simulação de afogamento - converse com os educadores), as pinturas, os desenhos e as gravuras expressionistas, o CAM (Clube dos Artistas Modernos), espetáculos, polêmicas, ilustrações, manifestos e arquitetura.
A crítica de arte empenha-se em analisar propostas curatorias e expográficas na articulação de conhecimentos em arte, consequentemente falando para seus pares e nem sempre para o visitante comum.
Esses são critérios evidentemente fundamentais, mas não suficientes para a arte/educação, na qual a preocupação com a recepção também é relevante.
Assim, é importante termos a crítica de arte/educação estabelecida no Brasil, posição assumida nesse post que convida arte/educadores a fazerem o mesmo.
Se você visitou alguma exposição e gostaria de escrever uma crítica de arte/educação, escreva e mande para nós que publicaremos aqui.
Na sala Paulo Figueiredo do MAM, o universo de Flávio de Carvalho é atualizado na exposição contemporânea "A Cidade do Homem Nu". Errante no nome (embora fundada em palestra do artista e condizente com o modernismo, na atualidade a expressão soa machista) apresenta obras que dialogam com nosso tempo. Por questões técnicas um dos vídeos é exibido em poucas seções e nada é informado ao visitante.
Flávio de Carvalho será um dos eixos da 29ª Bienal de São Paulo e as exposições do MAM/SP podem instigar em seus alunos questões que poderão se desdobrar no segundo semestre.
Saiba mais sobre as exposições "Flávio de Carvalho" e a "Cidade do Homem Nu" em http://www.mam.org.br/2008/portugues/default.aspx
José Minerini
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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