Inventário analítico de uma escola vai muito além de seus bens em uso. Serve de estrutura para qualquer função, atividade ou projeto, uma vez que abrange o que a escola possui de patrimônio material.
Em um ambiente onde funcionários e professores não dominam o que podem utilizar de apoio pedagógico, alcançar seus objetivos pode tornar-se muito mais difícil.
Refazer a lista de bens materiais é fundamental pois atrela passado, presente e futuro. Através do inventário é possível perceber as ansiedades de um grupo na época em que foi escrito. Isto é histórico!
Para fazer um inventário claro e verdadeiro, não basta anexar anualmente os bens adquiridos. Muitas vezes a escola passa por reformas, construções e mudanças e alguns dos seus bens acabam danificados, sem contar que aparelhos e equipamentos de diversas ordens podem ficar obsoletos e que sem o inventário permanecem lá sem destino certo.
Quando um inventário está confuso é necessário desmembrá-lo desde o início. Um exemplo é pegar o inventário analítico realizado anteriormente e perceber que existem várias numerações em chapas patrimoniais que não condizem à realidade. Ora, se lá constam oitenta e poucas cadeiras com chapas e numerações diversas, onde sentam as outras tantas crianças que frequentam a mesma escola?
Outro exemplo é verificar se existe aparelhagem eletrônica que não condiz mais à realidade ou está ultrapassada. Frente à isso, como adquirir um novo bem se no inventário consta que a escola possui quatro ou cinco iguais a ele? Para isso, o caminho é árduo e necessita que o responsável faça uma varredura minuciosa:
1) Separar os bens que não atendem mais às necessidades (inservíveis) em locais distintos aonde ninguém mexa até que - após baixa - seus destinos sejam definidos;
2) Catalogar estes itens separadamente: eletrônicos, mobiliários e outras categorias que forem necessárias;
3) Fazer levantamento do que constinua em uso (servíveis) em todos os ambientes da escola;
4) Constituir o inventário analítico do ano vigente na junção dos itens anteriores (servíveis e não servíveis).
A correria cotidiana de uma escola faz com que nos esqueçamos do que não serve mais colocando num cantinho, deixando o tempo passar e acusando a morosidade dos sistemas envolvidos para não atualizar o que deveria ser constante.
É cansativo, desgastante e o colegiado muitas vezes não valoriza, pois é trabalho invisível de extrema importância para a fluência do cotidiano escolar que acredita na importância e valorização dos bens adquiridos, sejam eles servíveis ou não.
Catherine Wrede, especial para ARTEDUCAÇÃO ONLINE
Catherine é professora de Educação Infantil há vinte anos na Rede Municipal de Educação. Em 2009 concorreu ao cargo de diretora substituta na EMEI Suzana Evangelina Felippe e desde então faz parte da equipe administrativa da unidade, designada como assistente de direção.
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ARTEDUCAÇÃO ONLINE sugere: bens inservíveis poderão ser usados nas aulas de Artes e gerar trabalhos que discutam sustentabilidade.
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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