29 setembro 2010

PARA QUE MONTAR UM INVENTÁRIO?

Inventário analítico de uma escola vai muito além de seus bens em uso. Serve de estrutura para qualquer função, atividade ou projeto, uma vez que abrange o que a escola possui de patrimônio material.

Em um ambiente onde funcionários e professores não dominam o que podem utilizar de apoio pedagógico, alcançar seus objetivos pode tornar-se muito mais difícil.

Refazer a lista de bens materiais é fundamental pois atrela passado, presente e futuro. Através do inventário é possível perceber as ansiedades de um grupo na época em que foi escrito. Isto é histórico!

Para fazer um inventário claro e verdadeiro, não basta anexar anualmente os bens adquiridos. Muitas vezes a escola passa por reformas, construções e mudanças e alguns dos seus bens acabam danificados, sem contar que aparelhos e equipamentos de diversas ordens podem ficar obsoletos e que sem o inventário permanecem lá sem destino certo.

Quando um inventário está confuso é necessário desmembrá-lo desde o início. Um exemplo é pegar o inventário analítico realizado anteriormente e perceber que existem várias numerações em chapas patrimoniais que não condizem à realidade. Ora, se lá constam oitenta e poucas cadeiras com chapas e numerações diversas, onde sentam as outras tantas crianças que frequentam a mesma escola?

Outro exemplo é verificar se existe aparelhagem eletrônica que não condiz mais à realidade ou está ultrapassada. Frente à isso, como adquirir um novo bem se no inventário consta que a escola possui quatro ou cinco iguais a ele? Para isso, o caminho é árduo e necessita que o responsável faça uma varredura minuciosa:

1) Separar os bens que não atendem mais às necessidades (inservíveis) em locais distintos aonde ninguém mexa até que - após baixa - seus destinos sejam definidos;

2) Catalogar estes itens separadamente: eletrônicos, mobiliários e outras categorias que forem necessárias;

3) Fazer levantamento do que constinua em uso (servíveis) em todos os ambientes da escola;

4) Constituir o inventário analítico do ano vigente na junção dos itens anteriores (servíveis e não servíveis).

A correria cotidiana de uma escola faz com que nos esqueçamos do que não serve mais colocando num cantinho, deixando o tempo passar e acusando a morosidade dos sistemas envolvidos para não atualizar o que deveria ser constante.

É cansativo, desgastante e o colegiado muitas vezes não valoriza, pois é trabalho invisível de extrema importância para a fluência do cotidiano escolar que acredita na importância e valorização dos bens adquiridos, sejam eles servíveis ou não.
 

Catherine Wrede, especial para ARTEDUCAÇÃO ONLINE

Catherine é professora de Educação Infantil há vinte anos na Rede Municipal de Educação. Em 2009 concorreu ao cargo de diretora substituta na EMEI Suzana Evangelina Felippe e desde então faz parte da equipe administrativa da unidade, designada como assistente de direção.
 
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ARTEDUCAÇÃO ONLINE sugere: bens inservíveis poderão ser usados nas aulas de Artes e gerar trabalhos que discutam sustentabilidade.
 
 
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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