03 maio 2010

SP-ARTE 2010

Encerrou ontem no Pavilhão da Bienal a 6ª edição da SP-Arte Feira Internacional de Arte de São Paulo. Tentei entrar no primeiro dia e não consegui. Mesmo apresentando-me como arte/educador e pesquisador de arte contemporânea, nem mesmo a barreira dos seguranças consegui quebrar. De imediato gentilmente fui informado que apenas colecionadores convidados eram recebidos naquele momento.

Retornei em dia aberto para tentar entender por que tanto se fala que as feiras de arte estão suplantando bienais e mostras contemporâneas. Talvez imaturamente, constatei que nada tem a ver uma situação com outra.

Panorama da SP-Arte 2010 no Pavilhão da Bienal
 (fotografia: Werther Santana, disponível em : http://www.estadao.com.br/fotos/arte.jpg)

As feiras são destinadas à comercialização da arte e para isso contam com palestras e informações direcionadas ao universo colecionista. A Galeria Rachel Arnaud é uma das poucas que promovem encontros com artistas, críticos e curadores no decorrer do ano em São Paulo, atividades efetivamente formativas/educativas.

Com excessão da duvidosa música ambiente e do revestimento preto no exterior, a feira estava bem montada, fui ótimamente bem recebido (inclusive por ex-alunos) e despertou-me a vontade de adquirir algumas obras. Destaques: Frans Krajcberg em vasta oferta, Portinari, Cruz-Diez e Maria Martins com obras importantes. Dentre os contemporâneos, a Galeria Celma Albuquerque apresentou uma grande peça de Waltercio Caldas e vários expositores trouxeram jovens artistas, agregando ainda mais fôlego ao evento.

Na SP-Arte 2010 percebi também que os mais valorados trabalhos à venda contam com a chancela das grandes exposições. Desse modo, concluí que as mostras ainda possuem papel fundamental no conhecimento da arte e no debate estético em amplo sentido.

Saiba mais no site da SP-Arte: http://www.sp-arte.com/

José Minerini
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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