22 maio 2010

NA VIRADA CULTURAL 2010

Já estava escuro quando chegamos à Estação da Luz para o show de abertura da Virada Cultural 2010, e procurávamos pelo palco próximo à Sala São Paulo.
Fotografia: Camila Boranga

O trânsito próximo ao centro já começa a ficar diferente e algumas ruas estavam bloqueadas, pedimos informação para os policiais; aonde estacionar a moto, aonde seria apresentação e queríamos saber aonde estariam nossos amigos.
Fotografia: Camila Boranga

Um mundo de gente e de espetáculos, no céu um malabarista e no chão alguns moradores de rua se equilibrando entre as latas de cerveja e garrafas d’água, cenário atípico.
Fotografia: Camila Boranga

Logo percebemos que durante a Virada Cultural as pessoas se encontram e se misturam no momento do entretenimento e cada um se diverte à sua maneira: conhecendo o trabalho de artistas e assistindo de graça shows requisitados, se distraindo durante uma noite, se divertindo com a família ou com amigos, tentando ganhar a vida no comércio informal ou simplesmente aproveitando a ocasião para levar alguma vantagem.

Fotografia: Ricardo Vivona

As ruas ficam repletas de pessoas transitando a pé, de bicicleta e cadeira de rodas, como se o Centro de São Paulo pertencesse à população e não aos carros.

Fotografia: Ricardo Vivona

Pessoas se encontram ao acaso e falam nos celulares em busca dos que não se encontram, carrinhos de mão e carrinhos de supermercado são conduzidos pelas ruas e calçadas.

Fotografia: Camila Boranga

Crianças brincam nas ruas assistidas pelos pais e uma criança perdida é anunciada ao microfone no fim do Show de Barbarito Torres e Ignacio Mazacote. Um nome singular proveniente da criatividade dos pais imigrantes, Fulanildo de Tal, espera seus pais em frente ao palco. Exemplo da cultura paulistana latente.
Fotografia: Camila Boranga

Cachorros e policiais fardados dançando e rindo, carros de ronda escolar como apoio ao policiamento que apenas assiste o público de diversas idades, sexos e estilos e nunca se viu uma cidade tão democrática.

Fotografia: Camila Boranga

No escuro de uma noite quase sem luar os gatos pardos desaparecem no meio da multidão que vibra e se esquece de suas frustrações cotidianas num instante de satisfação coletiva. Pessoas desconhecidas e conhecidos se cruzam e fazem reverências.

Os banheiros químicos são utilizados pelos sem teto como um ambiente reservado, durante esta madrugada em que a população invade sua moradia, e muitos ficam trancados enquanto os interessados em fazer o uso adequado esperam ou fazem suas necessidades na rua.

Fotografia: Camila Boranga

São estas contravenções visíveis a olho nu e captadas pela ótica sensível de muitos artistas que tornam São Paulo tão especial, a sujeira e o caos sustentável numa Virada Cultural contrastam com a posição elevada da metrópole, capital financeira do país, onde a Prefeitura concede para seus habitantes o luxo de assistir gratuitamente espetáculos de qualidade apenas por uma noite.

A noite mais democrática do ano.

Fotografia: Camila Boranga


Veja mais: http://www.youtube.com/watch?v=aO-pYIIyqxE

Camila Boranga na Virada Cultural 2010, especial para arteducação online.
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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