Neste momento faz frio e garoa em São Paulo.
GAROA DO MEU SÃO PAULO*
Mário de Andrade
Garoa do meu São Paulo,
Timbre triste de martírios
Um negro vem vindo, é branco!
Só bem perto fica negro,
Passa e torna a ficar branco.
Meu São Paulo da garoa,
Londres das neblinas finas
Um pobre vem vindo, é rico!
Só bem perto fica pobre,
Passa e torna a ficar rico.
Garoa do meu São Paulo,
Costureira de malditos
Vem um rico, vem um branco,
São sempre brancos e ricos...
Garoa, sai dos meus olhos.
*Publicado originalmente em 1944 no livro "Lira Paulistana".
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José Minerini
AEP 10 ANOS
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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