Leia o comunicado divulgado pela curadoria da 29ª Bienal:
Comunicado em solidariedade a Ai Weiwei
A curadoria da 29ª Bienal de São Paulo vem a público prestar solidariedade a Ai Weiwei, artista participante da mostra, com a obra Circle of Animal, recentemente posto em prisão domiciliar pelo governo chinês.
Sua prisão, denunciada pelo próprio artista via twitter, se deu um dia após a divulgação do banquete de 10.000 caranguejos que ele iria oferecer como celebração, simbólica e ritual, da destruição do seu ateliê recém-finalizado em Xangai, e buscou impedir a realização do evento.
10 mil é um número muito utilizado em slogans maoístas, e “caranguejo de rio” em chinês assemelha-se muito à “harmonia”, um dos conceitos mais utilizados pela propaganda do Partido Comunista Chinês.
A destruição do ateliê de 2 mil metros quadrados foi ordenada pelo governo chinês por ter sido supostamente feito em desacordo com a legislação da cidade. Ai Weiwei garante, contudo, que a construção do ateliê aconteceu após ser concedida a autorização.
Apesar de o anfitrião ter sido colocado em prisão domiciliar em Pequim para que não pudesse organizar o protesto, centenas de simpatizantes do artista e ativistas pró-direitos humanos reuniram-se em torno do estúdio para "celebrar" a demolição do mesmo.
Em declarações à imprensa, Ai Weiwei destacou que a grande presença de pessoas no protesto, muitos deles jovens, é um sinal de que as coisas no país estão mudando, e garantiu que não pensa em deixar a China, apesar das pressões sofridas nos últimos anos.
Como previsto, a detenção de Ai Weiwei se estendeu até esta segunda-feira. “De fato, a polícia saiu às 23h00 da minha casa", declarou o artista.
Fonte: Bienal de São Paulo
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