26 outubro 2010

ARTE E AMBIENTE: LIXO PINTADO

O encontro da arte com a ecologia pode resultar em experiências estéticas riquíssimas, como nos têm mostrado alguns artistas que exploram as possibilidades abertas com o surgimento da land art, em meados da década de 60.

Mas por que estas possibilidades são exploradas de modo tão raso no campo da educação? Quando a associação arte/ecologia vem à tona, o que mais aparece são atividades artísticas com “material reciclado”. E paramos por aí.

Certa vez um amigo, ao observar o resultado de uma destas atividades, disse com uma simplicidade cortante:
- Antes era lixo. Agora é lixo pintado.

Desde então, tenho prestado muita atenção nisto. Nada contra reaproveitar materiais ou se apropriar dos resíduos da sociedade. Estas são práticas mais que difundidas na arte contemporânea. Mas é preciso pensar em como reutilizar materiais. Para não propor uma produção esteticamente pobre, com ar de improviso, aquém do potencial de nossos alunos.


E no campo da ecologia, é preciso perceber que a reutilização de materiais é supervalorizada. Antes dela, se quisermos realmente tocar no ponto, devemos refletir sobre a redução do lixo que ansiosamente esperamos reaproveitar nas aulas de arte. Mas isso é assunto a ser desdobrado em um próximo post.

Amanhã ocorrerá o primeiro encontro sobre "Arte e Ambiente" no projeto "Arte Contemporânea e Educação", parceria AEP e Caixa Cultural.

Divulgação

Alberto Tembo
http://www.arteducacaoproducoes.com.br/
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